A marca CrossFit anunciou uma mudança de proprietário e CEO, após ter seu nome envolvido em uma polêmica racista no Twitter. Greg Glassman, fundador da empresa e autor do post, deixará o seu cargo e será substituído no cargo de CEO por Eric Roza, investidor americano que, entre outras empresas, fundou a Datalogix. De acordo com o Yahoo Finance, a negociação foi concretizada por US$ 4 bilhões.
A polêmica teve início quando Glassmann publicou um comentário racista feito sobre o assassinato do afro-americano George Floyd, através de suas mídias sociais, no qual ele ironizou um post feito pelo Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) sobre racismo. A postagem do instituto diz que o racismo é uma questão de saúde pública.
Em tom irônico, Glassman respondeu ao tuíte com “É FLOYD-19”, em alusão a morte brutal de George Floyd por quatro policiais brancos em Minneapolis e colocando na conta dos protestos o aumento dos casos de infectados por coronavírus.
Além das centenas de mensagens de repúdio entre usuários e atletas de todo o mundo, algumas marcas de esportes de prestígio decidiram encerrar sua parceria com a empresa, como ocorreu com a Reebok, patrocinadora oficial da marca.
“Nossa parceria com a marca CrossFit se encerra no final deste ano. Recentemente, discutimos sobre a renovação desse acordo, mas, diante dos acontecimentos recentes, tomamos a decisão de encerrar nossa parceria com a CrossFit HQ. Devemos isso aos atletas, aos fãs e à comunidade do CrossFit”, destacou a Reebok, em comunicado.
Atletas do CrossFit Games, como a bicampeão Katrin Davidsdottir e o tricampeão de Rich Froning, também criticaram Glassman por seus comentários. Já Noah Olsen, segundo lugar no CrossFit Games 2019, foi além da “nota de repúdio” e anunciou pelo Instagram que não participará da próxima edição dos jogos.
Sobre o mercado de crossfit, nos EUA, são mais de 13 mil academias filiadas à marca. No Brasil, há registros de 2 mil boxes para a prática do esporte.
Quer receber nossa Newsletter? Preencha o formulário abaixo: