Greg Glassman, fundador e CEO da CrossFit, marca focada em treinamento funcional, pagou caro por um comentário racista feito sobre o assassinato do afro-americano George Floyd, através de suas mídias sociais, no qual ele ironizou um post feito pelo Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) sobre racismo. A postagem do instituto diz que o racismo é uma questão de saúde pública.
Em tom irônico, Glassman respondeu ao tuíte com “É FLOYD-19”, em alusão a morte brutal de George Floyd por quatro policiais brancos em Minneapolis e colocando na conta dos protestos o aumento dos casos de infectados por coronavírus.
Além das centenas de mensagens de repúdio entre usuários e atletas de todo o mundo, algumas marcas de esportes de prestígio decidiram encerrar sua parceria com a empresa, como ocorreu com a Reebok, patrocinadora oficial da marca.
“Nossa parceria com a marca CrossFit se encerra no final deste ano. Recentemente, discutimos sobre a renovação desse acordo, mas, diante dos acontecimentos recentes, tomamos a decisão de encerrar nossa parceria com a CrossFit HQ. Devemos isso aos atletas, aos fãs e à comunidade do CrossFit”, destacou a Reebok, em comunicado.
Atletas do CrossFit Games, como a bicampeão Katrin Davidsdottir e o tricampeão de Rich Froning, também criticaram Glassman por seus comentários. Já Noah Olsen, segundo lugar no CrossFit Games 2019, foi além da “nota de repúdio” e anunciou pelo Instagram que não participará da próxima edição dos jogos.
Diante da proporção do caso, ciente que teria sua imagem e a de sua empresa prejudicadas, Glassman utilizou a conta CrossFit no Twitter para declarar que havia “cometido um erro”.
“Eu, CrossFit HQ e a comunidade CrossFit não apoiamos o racismo. Eu cometi um erro com as palavras que escolhi ontem. Meu coração está profundamente triste com a dor que causou. Foi um erro, não racista, mas um erro”, postou o executivo, que construiu um império ao criar a marca CrossFit em 2000.
Sobre o mercado de crossfit, nos EUA, são mais de 13 mil academias filiadas à marca. No Brasil, há registros de 2 mil boxes para a prática do esporte.
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